O jovem rico


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domingo, 17 de outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Padroeira do Brasil: XX Romaria de Nossa Senhora Aparecida

Doze de outubro de 2010, feriado nacional em honra à santa mãe de Deus, padroeira do Brasil, sempre Terra de Santa Cruz!
Nesta vigésima edição, uma estrutura mais ordenada e acolhedora aos romeiros se apresenta propícia a um momento grandioso de espiritualidade e expressão popular de fé. No caminho, pés descalços, pessoas até claudicando, enfermas, demonstrando fé e fortaleza, apesar da debilidade física. Todos querem cumprir o trajeto de fé, rumo à casa da mãe.

O evento é um momento de confraternização entre tantos devotos que se reencontram, de tantas comunidades espalhadas por Campo Grande. O sorriso de quem reconhece alguém que há muito não via ou que nem sabia que partilhava de mesma fé. É emocionante a Missa campal, que tem início no caminho e conclui com toda a multidão na Casa de Formação São Vicente Pallotti.
O Evangelho de São João, Bodas de Caná, foi proclamado pelo padre Jocerlei. A homilia de Dom Vitório Pavanello, arcebispo metropolitano de Campo Grande foi um grande chamado ao servir e doar-se. Entre outras coisas, ele conduzia os fieis à reflexão quanto a vocação de cada um; o chamado a participar ativamente de um trabalho para Deus, nas comunidades eclesiais de base; a ser presença viva e dinâmica, com a experiência da alegria e do amor. O arcebispo recorda que Maria interpela o filho: "Falta vinho!". E atualizando ele interpela o povo de Deus reunido: "Faltam sacerdotes, leigos... O mundo está sem água, com sede!". Aos jovens, direciona estas palavras: "Quando Deus chama, Ele nunca retira o chamado. Mesmo quando se cai, quando se está num 'inferno', Deus continua a chamar. Partilhar não só um momento ou um dia, mas a vida, como esses padres ali atrás! Privando nossos interesses, porque o interesse de um padre é ver um povo feliz!". Ainda continua dizendo que como os santos, nos colocamos a seguir o exemplo de virtude. Ser santo, o grande chamado! Até aqueles chamados a morrer... Não podemos ser tristes. A dor Deus permite para sermos ainda mais fortes... Aquele que não sabe partilhar, não sabe amar, é um inferno vivo. A igreja precisa de gente cheia de alegria e vontade. - Conclui ainda, trazendo o discurso para si-: "Eu devo ser santo e apóstolo! Se não formos isso, não seremos nada. Doar-nos a exemplo de Nossa Senhora, do Cristo e dos santos que vemos a nossa frente".

A presença de intérpretes durante toda a Missa, conduziu os surdos à liturgia. E tal é a intimidade expressa em cada gesto, cada sinal, que quem os vê acompanhando e vivendo, no canto de ofertório, por exemplo, entende mesmo o que é partilhar do Ofertório do altar e da doação ao irmão.

Houve tantas pessoas que nem todos puderam comungar. Alguns gestos de adoração, caridade e fraternidade marcaram tal momento. Como em uma das filas de comunhão, quando a ministra distribuía a última partícula de uma âmbula, e a pessoa que a receberia vê a partilha do Pão Eucarístico ali diante de si: vi três pessoas comungarem da mesma hóstia ali diante da ministra! Uma senhora, já idosa, ainda alcança a ministra e pede para tocar o fundo do cibório, tomando pequeninos grãos da Eucaristia, fazendo sua comunhão com muita interioridade.
Enfim, o que é inexprimível não se é possível narrar neste espaço... Deixemos que o inefável toque ainda uma vez as recordações deste momento de fé e mistério!










sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ser santo sem deixar de ser jovem! É possível. É urgente! É preciso!!!

“Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema,ouçam música e passeiem com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar,mas que se “esforcem” na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,ou que consagrem a sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI,com uma espiritualidade inserida no nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo,que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dogs, que usem jeans, que sejam internautas, que ouçam disc-man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de desporto.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”.
(João Paulo II)

Missa de domingo de ramos e entrega da cruz - Em 2011 vamos à Jornada Mundial da Juventude em Madrid

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um retiro espiritual no carnaval

Há nove anos participo de retiros espirituais no período de carnaval. Muita gente busca alegria em lugares os mais variados possíveis; outros não gostam muito desses dias e ficam em casa. Algo um pouco diferente possa parecer talvez a notícia de que há retiros espirituais nessa época do ano e justamente por ser em tal período.
Quem nunca foi a um retiro assim, talvez pense que é uma grande bobagem, pois se há tanta festa acontecendo lá fora, na rua, por que é que esse pessoal "maluco" da igreja resolve reunir-se ali. A realidade é que o retiro de carnaval acontece com muita alegria, de alma mesmo. Mas será que é possível alegrar-se verdadeiramente sem álcool, sem "pegação"?! A quem ainda duvida que seja mesmo verdade, pode conferir participando ou visitando por algumas horas um retiro assim.
E nesses retiros há jovens? Eles se animam como? dançam? que ritmos? fazem amizades novas, gritam, pulam, gastam muita energia também? Claro que sim! Quem frequenta um "carnaval com Cristo" sabe bem que além de oração, de evangelização, há muita música para todos os gostos... com nenhum apelo contra a dignidade humana, contra o amor. Rock do bom, forrozinho legal e por aí vai... Interessante que aparecem jovens de todas as idades, até mesmo os com "juventude acumulada", pois um coração jovem possui aqueles que verdadeiramente são renovados em seu interior e transformados pela cura da alma e pela descoberta de sentido pleno de se viver e ser quem é.
Uma outra questão pode surgir... Se é assim, então o retiro de carnaval é uma paródia do carnaval das avenidas. Conclusão equivocada! Uma paródia seria se a intenção fosse desmerecer quem gosta dos carnavais, julgar pejorativamente uma atividade cultural que remonta uma série de motivações que não convém por hora questionar ou aprofundar.
O retiro deseja justamente dizer a todos que cada um é muito bem vindo, não importa qual o ritmo que o embala, o que interessa é ele enquanto pessoa. No meio de pessoas que buscam um ideal maior todos podem sentir-se acolhidos e valorizados. É natural que numa igreja onde o jovem é protagonista também, saiba expressar-se na linguagem que ele traz consigo... Não cantamos apenas cantigas antigas ou antiquadas como alguns possam até imaginar, cantamos canções animadas, meditativas, de entrosamento, de louvor, de reflexão... de tudo o que nos inspira cada momento.
Nunca vi um jovem sair do retiro de carnaval triste. Já vi muito jovem se derreter em lágrimas sim, mas por momentos de profunda experiência íntima com Deus e consigo mesmo. É quase inimaginável a cena de ver tantos jovens reunidos durante três dias inteiros e noites; pulando, dançando, cantando, brincando, conversando... e ainda ter tanto fôlego no dia seguinte.
Há muito engraçadinho que acredita ser super-homem e vai até o extremo do limite do corpo, se intoxica, e no primeiro dia de carnaval nas ruas, já não aguenta nem levantar sozinho poucas horas de folia.
 Prove que é feliz, que é o esperto da turma, que fala bem no grupinho... sem drogas!
Mas o problema do carnaval na rua não é quem vai, mas a forma de quem promove. Uma cultura de morte que incentiva o sexo livre, a transformação do corpo num objeto qualquer e facilmente descartável, a vida algo manipulável e também descartável.
Sou educadora, e acredito que não é assim que se ensina um jovem a ser responsável. Responsabilidade vem quando se dá dignidade ao ser, quando o eleva à estatura que deve ter, aí sim, surgem pessoas comprometidas consigo mesmas e com os outros, ao descobrirem simplesmente que há um valor enorme em cada alma escondida atrás de tantos corpos maltratados e humilhados que mendigam amor pelas sargetas da vida.
Como dizia monsenhor Jonas Abib, "Ser macho qualquer touro velho é. Difícil é ser homem!". Ninguém precisa de um dia para provar que pode mais, que é bom, que é feliz. Todos os dias podemos celebrar a felicidade, pois temos muita gente disposta a doar uma amizade verdadeira, a estreitar laços de amor, a conceder fé a um coração desacreditado em si.
Retiro de carnaval existe para celebrar a alegria que nos move. Mas em verdade celebramos um contínuo Pentecostes todos os dias quando nos reunimos e quando estamos na intimidade de nós mesmos. Retiro de carnaval também existe para resgatar almas que andam nuas, que passam fome e frio pelas esquinas do mundo... não porque são erradas, mas porque são certas e precisam se convencer dessa verdade! Não é uma paródia, repito. É uma resposta. Resposta a quê?! Pense e descubra...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A carnavalização da juventude contemporânea

    Neste período, em fevereiro, quando as ruas e avenidas se enchem de pessoas, em sua maioria os jovens, o que vemos num primeiro momento é uma grande euforia, uma energia nova e contagiante que se espalha pelas calçadas, pelos muros... É como se todos aguardassem esses dias do ano para ter o direito de ser livres e sentir-se feliz, para recobrar o ânimo. Há quem diga que somente após esse período é que a vida corre normalmente, é que todos de fato começam a trabalhar.
   Mas foi observando os jovens, não poucos, que comecei a suspeitar da realidade e verdade desse "contrato" de alegria. Um momento onde tudo e qualquer coisa parece ser permitido, não me parece uma situação de crescimento, mas de estaguinação. Quando ninguém é de ninguém, e ainda de todo mundo, não se concretiza conquista alguma. Até os animais selvagens sabem disso: conquisto aquilo que permanece comigo durante a caça. Que palavra dura esta: caça. Feras que se devoram para sobreviver num mundo de máscaras, de aparências, onde a purpurina e os paetês servem para chamar mais a atenção daqueles que são em verdade os predadores que estão dispostos a devastar muitos corpos. E não corpos vazios, corpos recheados de sentimentos, de histórias, de um desejo que talvez até pareça nos nossos dias ridículo, de ser amado por alguém, de ser tocado com ternura e não com garras.
   A alegria, se não estou ainda ignorante da vida, não passa assim no dia seguinte. O beijo, se ainda não estou tão estrangeira por aqui, tem sabor quando há uma troca de olhar, quando há ternura, quando há espera... Como dizia o principezinho: quando se cativa, e nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos.
   Muitas vezes a dita "alegria do carnaval" vem trazer apenas a carnavalização, ou seja, a deformação da juventude, ao representá-la dsfigurada e caricata. O jovem não é vazio, é repleto de sentido. Não escrevo para julgar nada e ninguém, mas para refletir sobre o que estão fazendo com um momento que dizem ser de alegria.
   É muito fácil acompanhar um amigo à rua, vê-lo se intoxicar e depois abandoná-lo em meio à multidão ou numa calçada. É muito fácil ser tocado por alguém quando se oferece o corpo como em uma vitrine, difícil é receber um abraço quando não se está tão feliz, trancado em um quarto. É facílimo tirar alguém de sua casa e rir das palhaçadas que faz ou da quantidade de pessoas que passam por suas mãos. O que não é nada simples é olhar nos olhos dele pouco antes de a luz se apagar, no silêncio de um quarto onde nada mais faz sentido. 
    Um dia todos os corpos, o mais bem moldado nas academias, o rosto melhor desenhado, irão todos se decompor e só restará aquilo que é a essência, a alma. Mas que rosto terá cada alma quando o corpo se ir? Que diferença terei feito ao mundo ou à vida daqueles que passaram por minha história? A marca que fica não é da conquista, dos prazeres rápidos, mas daquilo que se doa, que se completa no outro, daquilo que não passa. Eu acredito no humano do ser! Por isso me convenço da alegria e da verdadeira identidade do jovem quando vejo sorrisos que brotam do fundo da alma sem o auxílio de droga alguma, como estes da foto. Vejam como eles se amam!!!